quarta-feira, 25 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Curiosidades
um dia depois do outro
numa casa abandonada
numa avenida
pelas três da madrugada
num barco sem vela aberta
nesse mar
nem mar sem rumo certo
longe de ti
ou bem perto
é indiferente, meu bem
um dia depois do outro
ao teu lado ou sem ninguém
no mês que vem
neste país que me engana
ai de mim, Copacabana
ai de mim: quero
voar no concorde
tomar o vento de assalto
numa viagem num salto
(você olha nos meus olhos
e não vê nada -
é assim mesmo
que eu quero ser olhado).
um dia depois do outro
talvez no ano passado
é indiferente
minha vida tua vida
meu sonho desesperado
nossos filhos nosso fusca
nossa butique na augusta
o ford galaxie, o medo
de não ter um ford galaxie
o táxi, o bonde a rua
meu amor, é indiferente
minha mãe, teu pai a lua
nesse país que me engana
ai de mim, Copacabana
ai de mim, Copacabana
ai de mim, Copacabana
ai de mim.
www.letras.com.br
Sócrates F. Leite
As faixas mais tocadas
Louvação - 1967 (Com Gilberto Gil)
Ai de Mim, Copacabana - 1968 (Com Caetano Veloso)
Pra Dizer Adeus - 1967 (Com Maria )
Três Da Madrugada - 1973 (Com Gal Costa)
A Rua - 1967 (Com Gilberto Gil)
Let's Play That - 1972 (Com Jards Macalé)
Marginália II - 1968 (Com Gilberto Gil)
Zabelê - 1967 (Com Caetano Veloso e Gal
Geléia Geral - 1968 (Com Gilberto Gil)
Mamãe, Coragem - 1968 (Com Gal Costa)
Minha Senhora - 1967 (Com Gal Costa)
Lua Nova - 1967 (Com Edu Lobo)
Nenhuma Dor - 1967 (Com Gal Costa)
Todo Dia é Dia D - 1973 (Com Gilberto Gil)
www.lastfm.com.br
Sócrates F. Leite
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Andar Andei
Torquato Neto
Composição: Torquato Neto e Renato Piaunão é o meu país
é uma sombra que pende
concreta
do meu nariz
em linha reta
não é minha cidade
é um sistema que invento
me transforma
e que acrescento
à minha idade
nem é o nosso amor
é a memória que suja
a história
que enferruja
o que passou
não é você
nem sou mais eu
adeus meu bem
(adeus adeus)
você mudou
mudei também
adeus amor
adeus e vem
quero dizer
nossa graça
(tenemos)
é porque não esquecemos
queremos cuidar da vida
já que a morte está parida
um dia depois do outro
numa casa enlouquecida
digo de novo
quero dizer
agora é na hora
agora é aqui
e ali e você
digo de novo
quero dizer
a morte não é vingança
beija e balança
e atrás dessa reticência
queremos
quero viver
letras.terra.com.br
[Ralph Carneiro]
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Poema de Torquato Neto
Cogito
Torquato Neto
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.
www.releituras.com
Sócrates Ferreira Leite