quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ai de mim, Copacabana



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Sócrates Ferreiara Leite

Jards Macalé e Paulo José cantam e recitam Torquato Neto



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Sócrates Ferreira Leite

sábado, 21 de novembro de 2009

Curiosidades


Vocês sabiam que Torquato Neto nasceu no dia 09/11/1944 e morreu no dia 10/11/1972, apenas com 28 anos, se ainda estivesse vivo, ele estaria com 65 anos









Sócrates Ferreira Leite
Ai De Mim, Copacabana

um dia depois do outro
numa casa abandonada
numa avenida
pelas três da madrugada
num barco sem vela aberta
nesse mar
nem mar sem rumo certo
longe de ti
ou bem perto
é indiferente, meu bem

um dia depois do outro
ao teu lado ou sem ninguém
no mês que vem
neste país que me engana
ai de mim, Copacabana
ai de mim: quero
voar no concorde
tomar o vento de assalto
numa viagem num salto
(você olha nos meus olhos
e não vê nada -
é assim mesmo
que eu quero ser olhado).

um dia depois do outro
talvez no ano passado
é indiferente
minha vida tua vida
meu sonho desesperado
nossos filhos nosso fusca
nossa butique na augusta
o ford galaxie, o medo
de não ter um ford galaxie
o táxi, o bonde a rua
meu amor, é indiferente

minha mãe, teu pai a lua
nesse país que me engana
ai de mim, Copacabana
ai de mim, Copacabana
ai de mim, Copacabana
ai de mim.

www.letras.com.br


Sócrates F. Leite

As faixas mais tocadas

Vento De Maio - 1967 (Com Nara Leão)
Louvação - 1967 (Com Gilberto Gil)
Ai de Mim, Copacabana - 1968 (Com Caetano Veloso)
Pra Dizer Adeus - 1967 (Com Maria )
Três Da Madrugada - 1973 (Com Gal Costa)
A Rua - 1967 (Com Gilberto Gil)
Let's Play That - 1972 (Com Jards Macalé)
Marginália II - 1968 (Com Gilberto Gil)
Zabelê - 1967 (Com Caetano Veloso e Gal
Geléia Geral - 1968 (Com Gilberto Gil)
Mamãe, Coragem - 1968 (Com Gal Costa)
Minha Senhora - 1967 (Com Gal Costa)
Lua Nova - 1967 (Com Edu Lobo)
Nenhuma Dor - 1967 (Com Gal Costa)
Todo Dia é Dia D - 1973 (Com Gilberto Gil)


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Sócrates F. Leite

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Andar Andei

Torquato Neto

Composição: Torquato Neto e Renato Piau

não é o meu país
é uma sombra que pende
concreta
do meu nariz
em linha reta
não é minha cidade
é um sistema que invento
me transforma
e que acrescento
à minha idade
nem é o nosso amor
é a memória que suja
a história
que enferruja
o que passou

não é você
nem sou mais eu
adeus meu bem
(adeus adeus)
você mudou
mudei também
adeus amor
adeus e vem

quero dizer
nossa graça
(tenemos)
é porque não esquecemos
queremos cuidar da vida
já que a morte está parida
um dia depois do outro
numa casa enlouquecida
digo de novo
quero dizer
agora é na hora
agora é aqui
e ali e você
digo de novo
quero dizer
a morte não é vingança
beija e balança
e atrás dessa reticência
queremos
quero viver

letras.terra.com.br

[Ralph Carneiro]

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Poema de Torquato Neto

Cogito

Torquato Neto


eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível


eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora


eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim


eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.


www.releituras.com


Sócrates Ferreira Leite